domingo, 26 de fevereiro de 2012

"Escrivaninha

Entre "Construindo o estado republicano", "Organização e métodos" e "Estado, democracia e administração pública", estão minhas indefinições, meus titubeios. Olho pro mural em busca de você e não encontro... olho pra taça, pra garrafa e não encontro. Olho pra cama e não encontro. Eu não sei se eu te mereço, ou se é estratégia, ou defesa, mas eu te desejo com cada pedaço da minha al...ma... e eu sei que eu deveria permanecer imóvel, em silêncio. Eu sei que não deveria escrever pra inventar... mas você continua comigo ainda que eu ignore. Eu sinto fome.
E enxergo você em cada cena, em cada fala, em cada linha. Enxergo você no sabonete que ficou no banheiro, na louça suja, na música estranha, na música boa e ruim. E eu me esforço pra voltar pra rotina e pra fingir, mais uma vez, que não é comigo e nunca foi... mas eu não consigo, sabe? E escrever é meio jeito de "fazer terapia". E eu falo pelos cotovelos e...

Eu te amo... amo... amo. Aí eu me lembro que fiquei com medo e falei que, quando algumas coisas não têm que ser, não adianta muito a gente pensar que podia ter agido diferente. Mas eu acho isso bobagem... Algumas coisas simplemente não são porque a gente não quer que elas sejam. E isso é covarde. Isso é covarde?

Queria encontrar uma citação que traduzisse isso que eu sinto... mas ela não foi escrita ainda. Já falaram de amor mil novecentas e setenta e nove vezes, mas nada que sinta foi escrito ainda... A nossa história não foi escrita ainda. Em poema, romance, canção.

Hoje à noite enquanto o piano toca flutuando em uma alguma outra metáfora inútil e estranha, sinto vontade de que as notas levem pra longe o meu desejo porque ele me paralisaria... se eu mais uma vez imaginasse (se eu outra vez imaginasse) que nunca, nunca, nunca mais te teria aqui...

Porque eu te amo... amo... amo. E eu que nunca soube dizer sem palavras, me perfumei de vermelho e de receios, mas só consegui escrever "nem responde...", quando tudo que eu mais quis foi gritar... "volta aqui"."

AUTORA: ELENITA

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